Educação financeira: Investir em imóvel vale a pena?
Não é nenhum segredo que o investimento em imóveis sempre foi muito popular. De fato, mais de 80% da riqueza dos investidores está diretamente relacionada aos imóveis. No entanto, vale mesmo a pena ou é um investimento com mais inconvenientes do que vantagens?
Embora como um bem tangível, conhecido por todos e de fácil compreensão, a habitação tenha pouca concorrência, na realidade este tipo de investimento apresenta uma série de problemas que devemos conhecer antecipadamente. Nós os resumimos abaixo.
Cinco desvantagens de investir em imóveis
1. O desembolso inicial é muito alto
Investir em imóveis não é para todos, pois o desembolso inicial exigido é muito importante, principalmente se o compararmos com um fundo de investimento, com um plano de previdência personalizado ou um investimento no Programa Golden Visa Portugal com investimento em imóveis, um programa de imigração e investimento em imóveis ou fundos que cresce cada vez mais e com certeza pode ser uma ótima alternativa nesse tipo de investimento.
Com imóveis, no entanto, você deve economizar pelo menos 20% do seu valor de compra (a maioria dos bancos só concede hipotecas para 80% do seu valor) e cerca de 10-12% extra para cobrir despesas, constituição e impostos sobre vendas.
2. Tem muito pouca liquidez
A segunda desvantagem desse tipo de investimento é que o imóvel é um ativo com muito pouca liquidez.
Se a qualquer momento surgir um imprevisto e você precisar converter seu investimento em dinheiro, terá que esperar para vender o imóvel. Você deve ter em mente que não é um ativo que pode ser vendido da noite para o dia.
3. Ele carrega muitos custos indiretos
O desembolso inicial não é a única saída de dinheiro com a qual você deve se preocupar. Os imóveis implicam uma série de despesas indiretas que têm um forte impacto na sua rentabilidade e que a maioria dos investidores não tem em conta.
Aos custos financeiros relacionados com a compra do imóvel (impostos, taxas notariais, registo predial…) acrescem os custos de manutenção, a comunidade de vizinhos, o pagamento de impostos, a contratação de seguros, a compra de mobiliário, reparos… Lembre-se deles quando fizer os números.
4. A diversificação do investimento imobiliário é nula
Um dos conselhos mais comuns quando se fala em investimento é que é preciso minimizar os riscos. E para conseguir isso, é preciso diversificar investindo em ativos de todos os tipos e de diferentes áreas geográficas como em CLIENTE
No entanto, quanto você diversifica ao investir em imóveis? A resposta é simples: nada. Se investirmos, por exemplo, R$ 150.000 na compra de um apartamento em qualquer local, todas as nossas poupanças estarão concentradas nesse único bem. Muito arriscado, não acha?
5. Insegurança jurídica
Um problema adicional do investimento imobiliário é a incerteza em torno de sua legislação. O que nos garante que os impostos pagos hoje pelo imóvel não aumentarão no futuro? E se surgir um novo imposto para desencorajar os apartamentos turísticos?
São muitas perguntas para um investimento tão pouco diversificado e com tão pouca liquidez. Isso coloca os imóveis em uma posição desvantajosa em relação aos custos de fundos mútuos ou investimentos em ETFs, ativos com mais possibilidades de reagir a mudanças importantes em sua regulamentação.
Então, não vale a pena o investimento em imóveis?
Depende. Se você deseja comprar um imóvel para ser sua residência principal, fez seus próprios números e eles se encaixam em você, então não precisa ser um mau investimento. Se o preço de compra não for exorbitante e seu orçamento familiar não explodir, comprar pode ser uma opção melhor do que alugar.
No entanto, se a sua intenção é investir a longo prazo para conseguir uma renda mensal na forma de aluguel, ou se pretende reformar a casa ou apartamento para vendê-lo por um preço mais alto, tenha muito cuidado com os números que faz. Avalie bem os prós e contras do seu investimento em imóveis antes de pular de uma vez.